Como analisar um exame de Densitometria Óssea

13/04/2013 23:40

 

A Densitometria Óssea através de equipamentos DXA (Dual Photon Absorptiometry) constitui hoje o método de medida de massa óssea de maior utilidade no diagnóstico de Osteoporose e na avaliação da resposta terapêutica. No entanto, a não distinção entre exames de boa e de má qualidade pode induzir a condutas clínicas inadequadas. Este reconhecimento pode ser relativamente fácil seguindo uma rotina simples.

 

 No exame de Coluna Lombar devemos observar: 

A centralização da coluna, com quantidades semelhantes de partes moles de ambos os lados (seta amarela); A retificação da coluna, sem desvios laterais (excluindo casos de escoliose); O aparecimento de pequena porção de ambas as cristas ilíacas (setas brancas); A visualização das últimas costelas e parte de T12 (seta vermelha); A ausência de artefatos (zíperes, botões, contrastes e medicamentos radiopacos, etc); A definição adequada de limites anatômicos e regiões de interesse. 

 

 

É prerrogativa e obrigação de densitometrista a exclusão de áreas comprovadamente comprometidas com fraturas, manuseios cirúrgicos e/ou outras alterações que podem falsear a medida da D.M.O.

 

 

Já no exame do Fêmur Proximal é importante:

 

 

O alinhamento da diáfise femoral (sem adução ou abdução da coxa, seta verde); A presença de partes moles abaixo do ísquio (seta azul) e acima do grande trocânter (seta vermelha); O aparecimento apenas parcial do pequeno trocânter, que deve estar parcialmente escondido pela rotação interna do membro inferior examinado (seta branca), e o ângulo formado entre o fêmur e o ísquio deve permitir o encaixe do "retângulo" de identificação do colo do fêmur que, sempre que possível, deverá estar perpendicular ao colo e conter apenas partes moles em todos os seus ângulos.

 

 

As avaliações evolutivas também necessitam do conhecimento de possíveis variações e erros da técnica. No exame do Fêmur Proximal a angulação do colo femoral em relação à diáfise femoral (seta amarela) deve ser constante. Um cuidado redobrado com o posicionamento é necessário em exames  de controle. Este ângulo geralmente consta nos impressos do exame. Os exames comparativos devem ter a maior semelhança possível, com utilização de áreas de interesse iguais para permitir a comparação entre os mesmos segmentos e regiões e, sempre que possível, no mesmo equipamento e mesma equipe técnica. O conhecimento do coeficiente de variação do serviço de densitometria, para cada segmento estudado, deve ser informado nos laudos, permitindo ao clínico saber se a variação medida na Densidade Mineral Óssea em exames comparativos é significativa ou não.

Finalmente, é importante que a clínica de Densitometria participe do Programa de Qualidade (PROQUAD) da Sociedade Brasileira de Densitometria Clínica (SBDens).